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QUAL A PRIMEIRA EMPRESA DE REMESSAS NA REGIÃO?

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Acreditamos que o advento do negócio de remessas aconteceu por vários fatores.

 

1. O primeiro e sempre é o espírito empreendedor do brasileiro. Tanto que hoje temos centenas, com certeza mais de mil pequenos empreendimentos “brasucas” aqui na América.Como cria-se ou fecha-se empreendimentos quase que numa base diária, definir números aqui, fica inapropriado, pois não somos uma empresa de dados estatísticos, mas uma entidade “Brazilian Community Heritage Foundation” e um jornal “Brazilian Times” que querem apenas mostrar como as coisas aconteceram, dentro de uma perspectiva, meramente histórica.Entretanto, segundo João Arrudas, presidente da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) fundada em 2006, só no Estado de Massachusetts, hoje, estão cadastradas 590 pequenas e médias empresas.

 

2. O segundo fator foi o aumento numérico da população brasileira em vários estados já no início da década de 1980. Destacam-se Flórida, Virginia, Pensilvânia, New Jersey, Nova York, Connecticut, Rhode Island e Massachusetts. Estes estados, todos na Costa Leste. Na Costa West, Califórnia, se singulariza.

 

3. O terceiro fator seria, aliando-se isto, ao espírito empreendedor do “brasuca”, a demanda. Onde existe demanda os negócios proliferaram.

 

4. O quarto e último seria o que foi repassado na edição passada: os riscos que se corriam ao enviar dinheiro tanto pelo Correio quanto por este ou aquele brasileiro que viajava para o Brasil.

 

Sabe-se que oficialmente que a primeira empresa de remessas da região chamava-se Hilel & Ferreira Transfer Co. Inc. e seu escritório ficava na Commonwealth Ave, 1606 (região Allston/Brighton).

 

O proprietário de nome Olavo Ferreira, tinha um sócio cujo sobrenome era “Hilel”. Todos de Valadares.

 

Pelo que se sabe o “Hilel” fazia remessas do tipo: viajava constantemente ao Brasil, era um dos poucos documentados da época,e levava o dinheiro das pessoas cobrando uma taxa para isto.
Como o pedido estava volumoso, achamos ‘Hilel” se associou ao Olavo Ferreira, que por sua vez, deu inicio ao serviço de remessas, já na casa, onde morava, na Burbank Street, em Boston, isto já em 1983.
Tivemos a experiência de fazer remessas com Olavo ainda nesta casa em Boston.

 

O sócio “Hilel” na realidade nunca foi visto, pois Olava era quem comandava tudo. Esta empresa agiu por muitos anos, corretamente. Contudo, segundo se comenta uma má administração culminou com o encerramento das atividades desta empresa. Dados de como aconteceu o fechamento desta empresa será abordado em edições futuras.

 

Paralelamente na região Metro West (as cidades de Marlboro e Framingham) a comunidade também florescia. E a primeira casa de remessas da região foi a Expresso Valadares, do pioneiro, e simplesmente conhecido como “Luizinho”. E que persiste até hoje.

 

Como em tudo, quando um determinado comércio se agita, a concorrência se avulta. E ai, as companhias de remessas se abundaram: Vigo Remessas, Adams Travel Agency, Via Brasil, Expresso Brasil, e outras. Cada uma com sua história que vamos relatar posteriormente.

 

Enquanto isto, exatamente, como se comenta hoje e extra-oficialmente, a população “brasuca” na América, em 1982, era na Grande Boston 2 (dois) mil brasileiros. Além de Boston, cidade para trabalhar, Allston/Brighton era o lugar para se morar. Incluía também a cidade de Cambridge. A cidade de Somerville, passava-se de longe, pois tinha fama de “perigosa”.

 

Na região Metro West em 1982, especificamente, Marlboro falava-se em menos de 100 (cem) “brasucas” e Framingham o mesmo tanto. A cidade de Framingham sempre foi mais considerada lugar de trabalho, e Marlboro, cidade dormitório.Perambulava-se também nas cidades de Hudson, Sudbury e Shewsbury á caça de emprego.

 

Sem pretensão queremos passar uma história embora superficial, mas com dados próximos à verdade. O verdadeiro poderá ser confirmado e oficializado por especialistas.
O que queremos é que nossa história não fique só na estória.Por isso estamos à procura de pessoas da época para nos passar mais detalhes. Ficaremos agradecidos, e todos os dados colhidos serão expostos na “II Exposição da História da Comunidade”, em dada ainda a ser confirmada.

 

Os interessados em cooperar podem usar o nosso e-mail: info@bchfoundation.com ou ligar para (617) 684-0069, falar com Eddy Paiva

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